Friday, December 19, 2008

11 Dez 2008 de Weslaco-Texas a Anauac- Mexico












70 Km, Media 17.5 Km/h, horas 3:58 Total 2590 Km

11 Dezembro, Quinta Feira

Agora com novos peneus, novas cameras das super grossas que ha pouco apareceram no mercado e uma correia nova, a bike estava em super forma.

Deixei tudo empacotado na noite anterior, pesei todas minhas maletas* e tive boa noite de descanso. Sete dias sem praticamente pedalar, so um pouco dentro da cidade, mas vamos la. A sogra e seus amigos resolveram ir comprar doces na padaria e todos tomamos um bom cafe. Recuperara 9 das 24 libras (11Kg) perdidos mas esses doces gordurosos, as doughnuts, hao de colaborar mais nessa recuperacao.

Cheguei em Nuevo Progresso e o oficial da aduana me diz que para mim fazer o registro de turista vou ter que ir a proxima ponte, em Los Indios, a uns 28 Km mais adiante: " se quizeres podes ir pelo lado do Mexico, mas e' mais loge e a estrada e' muito pior". Segui seu conselho e retornei. Antes de sair me disse o aduaneiro: " e quando chegares ao Brasil, diz pro meu amigo Pele' que mando um abraco pra ele". Tinham ai na mesa uma maquina datilografica, algo que nao via ha muito tempo.

Na semana passada havia chamado o consulado Mexicano em Brownsville para conferir que nao requeria visto para entrar no Mexico.
A caminho da nova ponte encontrei uma linda e antiga igreja construida em 185.... Quando cheguei em Los Indios tive que entrar numa boa fila so pra me darem um formulario que teria que preencher para pagar minha taxa de entrada.

Na janela ao lado vi que um Guatemalteco, que rebocava um carro para ser vendido em seu pais simplismente colocara uma nota de $5 entre seus papeis. O aduaneiro pegou a grana e colocou em sua gaveta. Vi entao que muita coisa no mexico continuava a mesma, especialmente no que diz respeito 'a corrupcao. Em 1985,1986 e 19991 fiz viajens ao Mexico, uma em moto e depois em carro. Neste entao seguidamente os policiais e patrulhas me paravam para achar algum problema, tipo, " tu nao ligou o sinal de dobrar". O que queriam era uma "mordida" como se lo e' referido aqui. Fazem todo um drama. Uma vez que eles tem teus documentos em suas maos, dao a entender que vao ter que ir a central de policia, que talvez o carro tenha que ficar preso, ou que o processo vai levar horas e assim por diante. "Si quieres podemos aqui resolver la situacion" diziam entam ensinuando uma mordida.

Entrei no esquema deles e umas duas ou tres vezes dei 10 ou 20 dolares, mas logo me cansei dessa jogada. " Entao vamos, passei a dizer, vamos la falar com o teu comandante na central..." As vezes jogavam meu blefe e diziam, pois se e' isso que preferes.. Ai eu puxava de outra carta da manga e dizia..." oficial, vamos la entao, mas antes quero fazer uma chamada ao Ministerio de Turismo, e poderias por favor me sar seu nome, para que o passe a eles..." ou entao que "primeiro fazer uma chamada 'a embaixada do Brasil para que estejam ao par da situacao" Isso quase todas vezes resolvia a situacao e diziam: " Olha dessa vez vamos deixar isso pra la, mas lembre que precisas usar corretamente os sinas" ou algo assim ridiculo.

Mais tarde foi que encontrei a melhor maneira de dar um cartasso nos caras. " Oficial, gostaria apenas de lhe infor mar que sou fotografo da AFP- Agence France Press ( sempre estava com bastante equipamento fotografico e sempre viajei com passe de fotografo) e acho que a agencia nao ficaria nada contente em ver como estao sendo tratados os jornalistas no Mexico. Nunca falhou.

Assim que quando mencionei pro cara que tava se amarrando na espera de que eu largasse a ele "una mordida" que falara com o consulado, tudo mudou. Instantaneamente pegou o carimbo e ainda perguntou se 30 dias era suficiente. Acabou me dando 180.

Toda essa burocracia tirou bom tempo do meu dia. Logo adiante fiz uma parada pois vi dois sujeitos perto de um bar ao longo da estrada numa vila.
Estavam fumando um baseadao que mais parecia um charuto cubano. E era erva buena, dei duas pitadas boas, forte demais. O resto da tarde passei bem mais alegre.

Chegue no Rancho Estrella e o dono ficou super alegre em me oferecer seu vasto campo junto 'a casa para acampar. Me trouxe um enorme garrafao de 20 litros de agua potavel. Queria que eu ficasse ate o sabado pois ele um grupo de 300 pessoas iam fazer uma longa cavalgada. Tinha cavalo sobrando. Agora me arrependo de nao ter aceitado seu convite, especialmente que o proximo dia foi tao ventoso que foi simplismente impossivel pedalar.

Fotos em dois dias

2 comments:

Luiz Paulo ota said...

Grande amigo
Siga em frente.
Faça todos os registros fotográficos e de texto ... mas principalmente os da alma

Um Grande Abraço
Luiz Paulo
Rio de Janeiro

Mauro said...

Valeu o apoio Luiz Paulo, se eu puder, gostaria muito de ir visitar todos voces ai no Rio. Saudacoes especiais a teus amaveis pais.
Grande, sincero e saudoso abraco
Mauro